quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Esquadrão Suicida

A geração que cresceu nos encantos de princesas à procura de príncipes encantados, na luta entre o bem e o mal, na incessante batalha de mocinhos e bandidos, parece que não deu muita credibilidade a essa magia. Digo que, as crianças dos anos 80/90 cresceram e vieram transformar a realidade do século XXI, afirmando que não existe extremos, não há felicidade infinita, não há corações de gelo e muito menos imerso na glória da bondade, pois até mesmo os altruístas buscam ser reconhecidos, o que torna o ato ambíguo.
           
Essa pequena análise, sem caráter científico (diga-se de passagem) vai além do processo didático, que permite refletir sobre a descoberta do Brasil não ser de Pedro Álvares Cabral e sim, informar aos alunos, sobre o contexto dos habitantes, das terras habitadas e já observadas por outros viajantes. E ai, como não lembrar da brincadeira inevitável:
P: -“Quem descobriu o Brasil?”
R:-“Pedro Álvares Cabral
P:- ”toc
P:-“ um cascudo não faz mal” hahahahha

Agora, o politicamente correto, nos leva a compreender, em aquele vilão ser resgatado por atos nobres, e aquele mocinho, ah, aquele mocinho, que seduz e encanta aos olhos, ser dono de tantas ilusões femininas, também do medo e da vaidade. O mocinho não tem apenas características nórdicas, mas deuses do Ébano disputam e estremecem os corações. E não há como evitar que existem vilões para ficar boquiabertas, caso de Liev Schreiber (o Dente de sabre – Wolverine) e James Franco (Homem Aranha 3), e mocinhos que a gente ama pelo coração, como o Shrek kkkkkkk.

Então, como é um referencial deste blog, ele não possui tema específico, mas minhas opiniões sobre as vivências que experimento. E ontem, fui com a minha turma, assistir o filme “Esquadrão Suicida”, que a princípio não estava a fim de assistir, assim como o “Ben Hur” (até ver o trailler).

Esquadrão suicida retrata muito bem alguns valores que ensino aos meus filhos, principalmente em relação a segurança pública, quando questionam-se as condições do Direitos Humanos em intervir por bandidos. Não é proteção, sim, é proteção, mas não de apoiar a criminalidade, mas acreditar que uma política de qualidade e igualdade, pode resgatar a maioria dos indivíduos (também não acredito que todos se regenerem, porque tem pessoas que possui um ranço de maldade). E que a polícia não está para exterminar, a função é prender e levar a julgamento, daí, os trâmites judiciários avaliam e punem. O que de certa forma, causa um desequilíbrio político e social com respaldo em leis.

As crises se espalham em relação ao Estado, a polícia e a população, levando-os a valores invertidos, passando odiar quem deveria ser respeitado e talvez possibilite um poder paralelo para intervenção. A justiça pelas próprias mãos e as injustiças vem desencadeando uma sociedade vítima do terror e da desordem, da falta de carinho e compaixão, fora os problemas psiquiátricos acometidos neste período (depressão, síndrome do pânico...)

E será que daqui pra frente, a alternativa seja o resgate? A visão externa e IMPARCIAL pode mudar o sistema?

O bem e o mal andam entrelaçados, não há apontamentos entre o melhor e o pior, pois o dever é fazer o necessário.

Esquadrão Suicida reúne inimigos do nosso herói Batman, para salvar o planeta, mas o maior deles, o felicíssimo Coringa pouco aparece, pois seu coração está emanado pelo amor de Arlequina e arquiteta planos para resgatá-la. Arlequina é a linda e louca vilã, que sonha em ser feliz, formando uma família com seu pudinzinho, e por ele é capaz de dar a vida, assim como faria pelos seus amigos e para evitar que a Terra seja destruída. O Pistoleiro e o Diablo também possuem fortes vínculos familiares e juntos com o esquadrão ( Boomerang, Crocodilo, Flag e Katana) passam a defender a amizade, o amor, a família e a humanidade, mesmo não deixando de serem vilões.

Distante de ser uma crítica de filmes, posto apenas a observação sobre a necessidade de ser IMPARCIAL, não imparcial em relação a não tomar partido, a defender o que no momento e de acordo com as circunstâncias está certo ou errado. Mas, a imparcialidade do julgamento, de se colocar fora da situação e tomar a posição coerente, porque todo mundo defende o que é seu, todo mundo tem sua verdade, vai colocar e interpretar os seus motivos e seus amigos ou coniventes irão assumir essa resposta, sem mesmo pensar.

Por isso, pergunto: Por que o Batman não pode participar do embate? E por que no final (depois das letrinhas kkkkk, deu branco e pedi ajuda ao marido, então... depois dos CRÉDITOS), ele pede que acabe o esquadrão. Será receio deles fazerem melhor do que ele ou o grupo fortalecer e perder o controle? Vale a defesa dele, não é?

E é por isso, que agradeço em viver nesta época, uma época de transformação, que nos leva a questionar, a querer mudar, a perceber as duas faces da moeda e não apedrejar. Lógico, que isso não acontece 100%, quiçá 10% funciona assim, mas são primeiros passos e somos parte dessa etapa.

            
Beijos 

Um comentário:

Te dedico!!!!!!!!